terça-feira, 24 de abril de 2012

DENÚNCIA: MÁQUINAS AVANÇAM SOBRE AS CASAS DAS FAMÍLIAS QUE RESIDEM AO LADO DO BEIRA-RIO




Vem aumentando diariamente a pressão cotidiana que já sofrem as famílias que residem há 5 anos em área do município ao lado do estádio Beira-Rio. As fotos tiradas nesta manhã (24/04),caracterizam o que voltou a ser o cotidiano das famílias após o reinicio das obras no Sport Club Internacional: máquinas trabalhando muito próximas das casas, hoje inclusive uma máquina levantava ferros por cima dos telhados de onde residem dezenas de crianças. As famílias da Ocupação 20 de Novembro encontram-se apreensivas com os riscos da proximidade das obras e com a incerteza sobre seu futuro, pois a prefeitura definiu o prazo até final de Abril para saída das famílias do local. 
Desde 2008, o Movimento Nacional de Luta pela Moradia vem construindo uma alternativa de reassentamento para as famílias, a reforma de um prédio na União no centro.  O repasse do prédio para este fim já está garantido junto ao governo federal, no entanto a reforma depende da prefeitura de Porto Alegre. Infelizmente a reforma ainda não foi iniciada e os prazos das obras da Copa forçarão as famílias a deixar o local antes da conclusão. Sendo assim, as famílias terão que ir para mais uma situação provisória, o aluguel social. 
Apesar de o próprio prefeito Fortunati ter se comprometido com o assentamento definitivo das famílias neste prédio, os “agentes comunitários” do Departamento Municipal de Habitação tem pressionado as famílias a deixar o local imediatamente sem nenhuma garantia do reassentamento no local indicado. 
As famílias decidiram que já que a única alternativa neste momento é o aluguel social, gostariam de alugar um prédio para manter-se juntas e seguir seu processo de organização. No entanto, o aluguel que a prefeitura disponibiliza é no valor de apenas R$ 400,00, os contratos são assinados em nome das famílias e o “calção” (valor que o locatário pede como garantia) é de responsabilidade da família. Sendo assim, fica inviável a locação de um prédio na região centro, região onde as famílias trabalham, as crianças estudam, acessam posto de saúde, etc...
             
            As famílias se negam a sair do local sem que seja garantida as condições da locação do prédio, em nome da prefeitura e até o término da reforma do prédio para o assentamento definitivo. Sendo assim, há quase um mês as famílias tentam sem sucesso agendar uma conversa com a prefeitura e a secretaria de governança que tem acompanhado o processo desde 2006.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

DOMINGO, DIA 22/04 CAMINHE ATÉ A OCUPAÇÃO 20 DE NOVEMBRO EM APOIO AS PRIMEIRAS FAMÍLIAS QUE SERÃO CHUTADAS PELA COPA!


As famílias da Ocupação 20 de Novembro do Movimento Nacional de Luta pela Moradia encontra-se apreensivas, pois a prefeitura de Porto Alegre afirma que até o final deste mês elas terão que deixar a área onde residem há 5 anos ao lado do Sport Club Internacional para viabilizar as obras para a Copa de 2014.
Neste Domingo, 22 de Abril, venha caminhar junto em apoio as famílias da Ocupação 20 de Novembro, primeira comunidade a ser expulsa pelas obras da Copa de 2014.

Saída: 16 horas

Pontos de Encontro:
- Utopia e Luta
- Quilombo do Sopapo (ou outro ponto)

Chegada/Acolhimento na Ocupação: 17 horas

Caminhada para ver onde acontecerão as obras e visitas

Projeção do Vídeo "Leva" - 18:30h

Roda de Conversa

Lanches produzidos pela Cooperativa

Promoção: Ocupação 20 de Novembro, Movimento Nacional de Luta pela Moradia e Associação dos Geógrafos Brasileiros - Porto Alegre.

Apoio: Comitê Popular da Copa do Cristal, FERU- Fórum Estadual de Reforma Urbana, Quilombo do Sopapo e Utopia e Luta

MOVIMENTO NACIONAL DE LUTA PELA MORADIA RETORNA AO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO AINDA MAIS FORTALECIDO!


 
Ontem a noite, 19 de Abril, mais de 700 pessoas participaram da Plenária Intermediária do MNLM na Restinga, Etapa anterior a Plenária Regional do Orçamento Participativo -  OP, na qual foram levantadas as demandas prioritárias para Restinga que o movimento irá defender no OP: 1º Construção Habitacional, 2° Educação Infantil, 3° Reforma e Ampliação de Equipamentos de Saúde, 4° Implantação de Equipamento de Assistência Social.

No ano passado, após mais de 10 anos lutando no OP por recursos para habitação, o MNLM se retirou da Plenária Regional do OP, na Restinga. Além de ser negado o direito de fala ao movimento, principal crítico à política habitacional de Porto Alegre, também foi impedida  a realização da tradicional Plenária Intermediária. O MNLM também questiona a metodologia e transparência da definição das famílias contempladas pelo MCMV 0 a 3 salarios minimos, feita pelo DEMHAB, através de um tal "sorteio" que é uma caixa de surpresa. No ano passado os 350 integrantes do movimento que estavam na Plenária do OP protestaram, formando uma fila e entregando as cédulas de votação em branco ao Prefeito Fortunatti, sinalizando que não teriam interesse de participar com o voto, sendo a voz lhes havia sido negada e se retiraram da Plenária. (ASSISTA O VÍDEO: http://www.youtube.com/watch?v=9509kxzw9DY&feature=channel&list=UL

Gilberto Aguiar, morador da Restinga e membro da Coordenação Nacional do MNLM, afirma que a prefeitura de Porto Alegre tem uma dívida com o movimento de 1 milhão  em demandas atrasadas do OP e que “a prefeitura tem a obrigação de investir recursos municipais em habitação e não apenas executar e se promover com a política do governo federal (Minha Casa, Minha Vida).”