quinta-feira, 24 de maio de 2007

“A CIDADE QUE QUEREMOS”

O futuro se constrói hoje!

Nesta 1° semana de atividades convidamos alguns segmentos que lutam pela transformação da nossa sociedade e você para discutirmos a “cidade que queremos construir”.

De 29 de Maio a 1° de Junho de 2007
No Centro de Vivências – Campus do Vale – UFRGS



PROGRAMAÇÃO

TERÇA (29/05)
9h
Oficina de Capoeira
14h
- Exibição do vídeo “Revolta da Catraca”
Debates:
15h
- Passe Livre para estudante
Convidados: Movimento Passe Livre (MPL)
16h
- Projeto “Portais da Cidade” e seu efeito sobre a população.
Convidados: Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Movimento Nacional de Catadores de Recicláveis (MNCR) e Movimento pelo Passe Livre (MPL), Associação dos Feirantes
da Rua da Praia (ASFERAP)
19h
- Exibição dos vídeos da “Ocupação 20 de Novembro” (http://ocupacao20denovembro.blogspot.com/)
- Debate sobre Reforma Urbana
Convidados: MNLM - Movimento Nacional de Luta pela Moradia e Quilombo Silva
QUARTA (30/05)
9h
Oficina de Hip Hop
Convidado: Hip Hop 470

14h
- Economia Popular Solidária, Consumo e Sustentabilidade
- Exibição de vídeo
Convidada: Cooperativa Girassol
16h
- Frentes de trabalho
Convidado: Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD)

18h
FESTA ( com Hip Hop 470)

QUINTA (31/05)
14h
- Exibição dos vídeos “Uma outra Maria” e “Minha vida de João”
15h
- Contrução de Gênero e Violência contra a mulher
Convidadas: Jovens Multiplicadoras de Cidadania (JMC's) – THEMIS
17h
- Educando para a Diversidade
Convidado: nuances- grupo pela Livre Expressão Sexual
SEXTA (01/06)

14h
- Apresentação do projeto de Extensão “Comuniversidade”
15h
- Ações Afirmativas na Universidade
Convidado: GT Ações afirmativas - UFRGS)
16h
- Apresentação do Curso Pré-Vestibular Popular “Alternativa Cidadã”
Convidados: educadores e estudantes do projeto
17h
Apresentação do Curso Pré-Vestibular Popular “Zumbi dos Palmares”
Convidados: educadores e estudantes do projeto

Realização:

Projeto "COMUNIVERSIDADE"
MNLM- Movimento Nacional de Luta pela Moradia

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Atual situação das famílias da Ocupação 20 de Novembro

Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada...

No dia 23 de Março, as famílias do MNLM foram despejadas do prédio situado na Rua Caldas Junior com a Mauá em uma mega operação de despejo também apoiada pela prefeitura que mobilizou a EPTC para parar o trânsito. No mesmo dia, após serem expulsas do prédio as famílias se dirigiram a Prefeitura onde reuniram com representantes do governo que as encaminharam a um local provisório, uma casa abrigo que a prefeitura fechou e abandonou. A casa abandonada situada na Av. Padre Cacique, 1345 não possui telhado, portas, janelas, vasos sanitários, pias e as paredes estão quebradas. As famílias foram deslocadas para lá com o compromisso da prefeitura de encaminhar pessoas para os consertos no dia seguinte ao despejo (24/03). Outro compromisso assumido pela prefeitura foi de proporcionar transporte para as crianças irem para a escola o que também não foi cumprido, o que levou as crianças a faltarem a aula por diversas vezes.
No prédio haviam sido organizados grupos de geração de renda: padaria, serigrafia e artesanato. Na atual situação as pessoas sequer podem trabalhar e ficam dependendo da “boa vontade do governo”.
Isso mostra mais uma vez a falta de respeito que a prefeitura tem pelo nosso povo, que além de serem tratados como criminosos, mais perigosos que o próprio crime organizado, ainda são abandonados em condições sub-humanas e tratadas como bobos, enrolados e jogados de uma secretaria para outra.
Nesta semana a chuva destruiu o pouco que ainda restava estragou comida, colchões e cobertores e com a àgua foi também o que sobrava de dignidade e paciência das famílias. Após ameaça de vincular estas informações na mídia e parar a Av. Padre Cacique, a prefeitura finalmente se mecheu e rapidamente levaram 60 telhas, 13 “cobertores” e 6 cestas básicas. O que obviamente não resolve nosso problema, as telhas não cobrem metade da casa, as paredes estão quebradas e não há estrutura de sustenção. As famílias hoje enfrentam chuva, frio, vento e ainda a “cara- de- pau” dos secretários, representantes do governo, que dizem que o problema está resolvido.
As famílias querem sua dignidade de volta, necessitam de um mínimo de estrutura para voltar a trabalhar e construir sua sustentabilidade, para assim não depender mais de uma prefeitura que não cumpre sua obrigação com o povo.

2 meses abandonad@s pela prefeitura de Porto Alegre